Observar. Quem nunca experimentou a sensação de olhar detalhadamente algo, de admirar coisas novas aos olhos, entrar de cabeça em uma pesquisa para matar a mais absurda curiosidade?

Observar é se permitir ir para muito além do que nossos olhos são capazes de ver, na perspectiva de conhecer um mundo novo que está bem aqui, na nossa frente, ao nosso alcance.

Mas observar também nos remete a vigiar nossas próprias ações, movimentos e palavras. Você já se questionou sobre qual o seu papel na sociedade? Como você se relaciona com sua família, vizinhos e amigos? Você adota sempre uma postura coerente ou comete atos de corrupção, como furar a fila? Você guarda aquele saquinho de balinha na bolsa, ou discretamente joga na rua? Já fez uma boa ação hoje, ou viu aquele idoso tentando atravessar a rua e passou direto? Enfim, você já observou como é a sua relação com a cidade onde vive? 

Algumas estruturas formadas por pesquisadores e com o livre acesso à população se dedicam a atividade de observar. Espalhados em todo o mundo, atendendo a demandas que vão desde a astronomia às históricas diferenças sociais e raciais que insistentemente persistem no mundo, os observatórios que podem ser espaços físicos ou virtuais, mantém em sua essência a necessidade de acompanhar problemáticas de um determinando ambiente, sinalizando índices de forma detalhada.

E para o que serve essa informação? Propor novas metodologias; apresentar projetos; inovar as estruturas; repensar a cidade; construir consciências; encontrar o equilíbrio entre a cidade e as pessoas para as quais as cidades existem.

Salvador acaba de ganhar o Observatório Municipal da Sustentabilidade, o primeiro no país promovido pelo poder público com a atuação pautada nos índices sustentáveis da cidade. Sociedade, meio ambiente, economia, política e cultura, serão analisadas pela equipe técnica do Observatório, e por você, cidadão soteropolitano que já absorveu a importância de observar.