Latinhas e PETS são fonte de renda no carnaval

Com luvas, botas, protetor auricular e um saco na mão, eles saem à procura de latinhas e garrafas PETs espalhadas pelo chão entre milhares de pessoas que circulam pelas ruas e becos onde o carnaval de Salvador acontece. São os catadores de resíduos recicláveis, que encontram na festa momesca uma forma de ganhar dinheiro.

Com preço do quilo do alumínio a R$ 2,50 e do PET a trinta centavos, os catadores aproveitam o lixo deixado pelos foliões nos circuitos para fazer renda. “Graças à Deus que o carnaval chegou para eu poder ganhar uma graninha e comprar uma coisa a mais pra minha casa”, disse Dona Cristiane Procope, de 44 anos, há 10 trabalhando no carnaval como catadora.

Fábio Santos (49), monitor do ponto de coleta seletiva localizado em Politeama, disse que ganhou gosto pelo trabalho com resíduos no primeiro ano em que foi convidado a fazer parte de uma equipe de catadores. “Além da oportunidade de ganhar um dinheiro extra, o trabalho com a coleta seletiva me fez mudar o comportamento. Antes, eu jogava lixo nas ruas. Hoje, já tenho mais consciência e não faço mais isso”, ressalta Santos.

Para trabalhar no carnaval os catadores precisam se cadastrar em uma das 13 cooperativas distribuídas nos circuitos Dodô, Osmar e nos bairros de Periperi e Nordeste de Amaralina. Após se cadastrarem, eles recebem um kit de trabalho com luvas, meias, botas, protetores auriculares, bermudas e camisas, além de das três refeições diárias.